O SER HUMANO, no geral incluindo todos nós, somos muito engraçados. Vivemos quase todos à vida inteira preocupando-nos em ter. Trabalhamos para ter uma casa e um carro melhor, poder dar condições de vida melhores para os filhos (no caso dos pais), para dispor de conforto, viajar e garantir uma velhice tranqüila. Somos quase que escravos do trabalho. Temos que produzir, atingir metas e tentar acumular. O mundo parece que exige isso de nós.
Todos nós também, com raras exceções, acreditamos em Jesus Cristo. E que Jesus é este? Creio nele a partir da minha fé? Creio nele a partir dos meus interesses? Creio nele porque todo mundo o faz? Ou, ainda, acredito, creio nele porque ele faz parte do meu SER, da minha VIDA? Eu me sinto próximo, irmão e família de Jesus Cristo?
O crer é o primeiro passo que antecede o agir. Não posso apostar em algo que eu não acredito. Crer em Jesus Cristo é crer em tudo quanto ele fez e pregou, mas também acreditar em sua morte e ressurreição. E que ele continua vivo até hoje.
A diferença básica está em acreditar por interesse ou por fé. Quem acredita por interesse vive fazendo promessas, mas com o interesse em obter benefícios próprios. Quem acreditar por fé deixa ao encargo de Deus conduzir a sua própria história. Reza e pede pela força do Espírito Santo para que o seu agir seja iluminado a partir dos princípios de Deus. Orienta a sua vida pelos textos da Sagrada Escritura, mas também aceita os limites, os pecados e procura crescer com luz na graça de Deus. Nós não vamos ter segunda chance, ou seja, não vamos reencarnar, mas temos que viver com toda a nossa força e disponibilidade a vida que recebemos de presente de Deus para que assim possamos deixar todas as nossas boas como exemplo para as gerações futuras e participar igualmente da glória de Jesus Cristo mediante a ressurreição, no final dos tempos.
A Igreja Católica celebra neste final de semana a festa de Cristo Rei. Eu acredito não num REI ou num MILAGREIRO. Eu creio no Deus de Jesus Cristo. Que se fez um de nós. Revelou o projeto do Pai. Fez-se pequeno para nos enriquecer. E aceitou como prêmio disso tudo morrer na Cruz por amor a humanidade, como remissão dos nossos pecados. E você, em que Deus acreditas?
Acreditas em um Deus que lhe dê dinheiro? Mude de religião. Acreditas numa religião mágica? Muda de religião. Acredita em um Deus que é REI e que num mundo sem dificuldades? Muda de religião. Acreditas que a pessoas vai passando por estágios, ou seja, vive e morre, se reencarna e vai melhorando de vida? Muda de religião. Ou ainda se acreditas neste zoológico todo de jeitos de crer e de obter vantagens a partir de Jesus Cristo deves ter vergonha em ser chamado de cristão pois nem fé tens naquele que te criou e te fez participar da sua criação.
São Francisco de Assis valorizava e tinha como norma de vida tudo quanto fosse orientação que vinha da Palavra de Deus, de modo especial, do evangelho. Valorizava de mais a humildade e lado humano e próximo de Jesus Cristo. Tinha especial predileção por todas as criaturas. Sabia olhar para Cruz e participar dos sofrimentos de Cristo por amor de nós. Aceitava os sofrimentos da vida como participação no grande sofrimento de Cristo e estágio para a nossa purificação. Celebrava as alegrias como sendo presentes de Deus. E dizia que todos nós somos como “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (Lc 7,10).
Uma boa semana. Com votos de paz e bem.
SER FRANCISCANO: CONHECER NÃO TE COMPROMETE. ACERTAR TE REALIZA!
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